ENTREVISTA COM ALVIN CHAN

Hoje o nosso entrevistado é o Designer Hot Wheels Alvin Chan, o cara que criou e desenhou a Whellie Chair, aquela cadeira de rodas inspirada no esportista radical Aaron “Wheelz” Fotheringhan e que na nossa humilde opinião é o modelo mais importante conceitualmente da história da Hot Wheels.

Vamos a Entrevista:

1 – HK – Alvin Chan primeiro nós queremos saber das suas origens, Quando e Onde você nasceu? Onde passou e como foi a sua infância? Como era formada a sua família?

R – AC – Eu Nasci em Hong Kong em 1987, cresci em Hong Kong, quando eu fiz 15 anos me mudei para São Francisco, na região da baía.

Quando eu era pequeno, sempre me inspirei pelo meu pai que gosta de muito de carros. Lembro-me que ele tinha um Toyota Célica Branco e ele me trazia para os Eventos de Carros. Portanto, eu gostava tanto de carros quando criança que comecei a desenha-los.

2 – HK – Quando criança, do que você gostava de brincar e qual foi o seu brinquedo preferido?

 R – AC – Quando criança. Eu sempre tive miniaturas diecast na escala 1:18, e é claro, Hot Wheels. Meu primeiro Hot Wheels, que eu lembro, foi um Hot Wheels camaleão prateado. À medida que cresci, tive uma Bugatti EB110 Azul e um Porsche 964 preto na escala 1:18. Meu brinquedo favorito foi provavelmente aquele Hot Wheels camaleão de prata, porque se tornou minha grande lembrança da coleção de brinquedos quando eu tinha aproximadamente 5 anos de idade.

3 – HK – Entre a sua infância e adolescência você já desenhava alguma coisa? Quando surgiu a vontade de transmitir e materializar as suas ideias para o papel?

 R – AC – Meus brinquedos e os carros que eu vi me inspiraram a começara desenhar coisas no papel. Não apenas carros, mas também a animação Dragon Ball e Dragon Ball Z me influenciaram a aprender a desenhar.

4 – HK – Você chegou a colecionar algum tipo de miniaturas diecast, Hot Wheels ou Matchbox por Exemplo?

 R – AC – Eu coleciono Hot Wheels e mais de uma centena de outros diecast na escala 1:18. Eles são das marcas: Pocher, AutoArt, Coleção MR, Otto, GT Spirit e De Agostini, etc.

5 – HK – Nos conte como foi a sua formação acadêmica, até onde você foi, onde estudou, e no que se especializou?

R – AC – Sou bacharel em Belas Artes e fui graduado pela UC Berkeley em 2009. Fui para o Art Center College of Design logo em seguida e me formei em Design de Transportes, e Bacharel em Ciências em dezembro de 2015.

Volkswagen e Mini são minhas marcas favoritas de todos os tempos, e eu possuía poucas da Volkswagen Golf e Mini Cooper. Portanto, tive a sorte de poder fazer estágio em ambas às empresas quando eu estava estudando no Art Center.

6 – HK – Temos algumas informações que você chegou a fazer estágios e trabalhou em empresas de Design automobilístico, o que pode nos contar desta sua experiência? Quais foram os trabalhos que você desenvolveu ou fez parte em equipe no desenvolvimento de algum modelo?

R – AC – Como eu disse, estagiei no estúdio da Volkswagen localizado em Santa Monica, como estagiário de design de interiores de janeiro a maio de 2015. Antes da Volkswagen, estagiei como estagiário de design de exteriores na Mini, BMW AG em Munique de junho a dezembro de 2014.

Eu aprendi muito com as duas empresas, em diferentes departamentos. Embora ambas as empresas sejam marcas alemãs, os seus idiomas no design são muito diferentes.

Com essas experiências, fui trabalhar o novo Fisker, logo após me formar no Art Center, em dezembro de 2015, e trabalhei no novo sedã e SUV da Fisker. Minhas experiências me permitem trabalhar em produtos externos, interiores e em outros projetos da empresa.

 Fui a pessoa que ajudou Henrik Fisker a visualizar os futuros modelos de 2D para 3D.

7 – HK – Qual foi o melhor design que você criou na indústria automobilística? Fale sobre ele?

R – AC – Não posso dizer que é o melhor, mas pude influenciar o design da empresa no Mini, levando a novos projetos internos para o futuro conceito.

8 – HK – Quando e como você se tornou um designer Hot Wheels? Quanto tempo você esteve por lá?

R – AC – Tornei-me designer de Hot Wheels logo após sair da Fisker em outubro de 2016. Eu fiquei por 1 ano e meio na Hot Wheels.

9 – HK – Nos conte como funciona o seu processo de criação? Os modelos que você criou e desenhou foram encomendas da Mattel ou o Designer tem liberdade de criação?

R – AC – Meu processo de criação é semelhante ao modo como eu projeto um carro real, começando pelo tipo, proporção e dimensão do veículo. Todas as ideias são geralmente gerenciadas por Jun Imai, sobre os projetos que vamos fazer para o ano.

Há um sistema de lista, onde é planejado o que vai ser feito para o próximo ano.

10 – HK – Como foi trabalhar ao lado de Designers Hot Wheels como Phil Rielhman, Bryan Benedict, Brendon Vetuskey, Leeway Chang, Ryu Asada, Mark Jones e Etc? O que você aprendeu com eles?

R – AC – Foi incrível trabalhar com eles, aprendi tudo, desde detalhes a gráficos, proporção a truques de como criar e alcançar o melhor resultado, isso me ajudou  nos modelos Hot Wheels que eu projetei.

 11 – HK – Você não fez muitos designs na Hot Wheels, nos parece que a sua passada por lá foi curta, e você se especializou em Character Cars, Porque seguiu este caminho no design de seus modelos?

R – AC – Eu trabalhei na Hot Wheels por um ano e meio. Fiquei feliz por poder me envolver tanto nos personagens com os character cars quanto nos carros básicos.

Às vezes, eu apoiava o Bryan Benedict nos carros de personagens, como o piloto de da nave Star Wars, Simba, Pizza Planet Trucks. e Poison Ivy, etc.

12 – HK – Em nossa opinião, você criou um dos modelos conceitualmente falando mais importantes da história da Hot Wheels, e por este motivo você pode ser considerado um dos grandes da Hot Wheels de todos os tempos, O que você acha desta afirmação e qual foi o seu sentimento quanto a criação do Whellie Chair?

R – AC – Obrigado pelo seu complemento. A melhor sensação de trabalhar no modelo da cadeira Whellie é que posso ver que todas essas crianças ficam muito felizes depois de receberem um presente. Os seus sorrisos são inestimáveis e trazem uma boa memória para todos.

13 – HK – Você teve contato com alguma instituição que trata da reabilitação de deficientes físicos e cadeirantes ai nos EUA, quando estava no processo de criação deste modelo?

 R – AC – Infelizmente, eu não conhecia, mas soube que a Mattel entrou em contato com eles com certeza.

14 – HK – Este modelo teve uma grande repercussão em todo o mundo, o Whellie Chair Hot Wheels, você esperava por isso?

R – AC – Eu não esperava por isso. As fiquei muito feliz com o resultado!

15 – HK – A Inspiração do modelo Whellie Chair Hot Wheels foi à cadeira de rodas radical do esportista Aaron “Wheelz” Fotheringham, a primeira variação lançada é igualzinha à dele, quando e como esta proposta de design aconteceu e se o Aaron ajudou na criação? E qual foi à opinião dele depois do trabalho acabado e tendo inclusive ele sendo retratado na comunicação visual da cartela da miniatura?

R – AC – Em primeiro lugar, a Whellie Chair foi inspirada na cadeira de rodas extreme de Aaron. Dentro da proporção certa, eu tive que administrar as medidas para que ela fosse capaz de ter a moldura da cadeira Whellie.

E inclusive poder fazer manobras e acrobacias, Toda a área dela é funcional.

16 – HK – O que você pensa sobre o colecionismo diecast de miniaturas de carros de maneira geral?

R – AC – As coleções de carros em miniaturas são incríveis. Os colecionadores podem ver todas as diferentes formas incríveis em cada modelo de carro, inspirando novos pensamentos e emoções sobre o que pode ser feito a seguir. Não é apenas uma coleção de miniaturas diecast, mas é também uma memória afetiva.

17 – HK – Esta entrevista será publicada no Site Hot Kengas, temos seguidores de várias partes do mundo, a nossa audiência é muito diversificada, mas grande parte dos nossos leitores são aqui do Brasil, O que você conhece do Brasil? Se você tem vontade de conhecer o nosso pais? E qual a mensagem que você passaria para os nossos leitores de maneira geral?

R – AC – Eu sei que o Brasil é bem conhecido pelo futebol e a por suas cidades que são lindas. Eu gostaria de visitar o Brasil, talvez eu vá algumas vezes.

E a mensagem que eu passaria para os colecionadores brasileiros, é que continuem colecionando e nunca desistam do que vocês gostam.

Acompanhem agora algumas imagens do Entrevistado, de Miniaturas que ele projetou, do projeto da própria Cadeira de Rodas, e outros…

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